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Liga da Justiça CRÍTICA



 Desde o momento que o primeiro Super Herói saiu das páginas das HQs e ganhou a tela do cinema, os fãs sonhavam com um filme reunindo os maiores Super Heróis do mundo. E esse sonho enfim se tornou realidade.

 Após uma pós produção conturbada com o afastamento do diretor Zack Snyder, por conta de uma tragédia familiar, o recrutamento(pelo próprio Zack Snyder) de Joss Whedon e a desconfiança de grande parte da crítica especializa, Liga da Justiça finalmente está entre nós. E é maravilhoso.

 A história do filme começa logo após os acontecimentos de Batman vs Superman. O mundo está um caos, as pessoas perderam a esperança, o farol que as guiava em meio a névoa foi apagado e o que reina é o ódio e  desconfiança. Isso tudo é mostrado de maneira primorosa, com uma abertura que só o Zack Snyder sabe fazer. A trilha sonora é linda, e a cena em si é bastante emocionante.

 Logo após essa bela introdução, o filme se inicia de fato e de cara percebemos o rumo que ele vai seguir. O roteiro não perde tempo com diálogos desnecessários e foca muito bem na formação do grupo, que é sem dúvida um dos pontos altos do longa. Temos ótimas cenas do Batman e da Mulher Maravilha entrando em ação. O Homem Morcego segue cada vez mais fiel aos quadrinhos, Zack Snyder sabe usar toda a imponência do Batman em cada cena. A Mulher Maravilha é um espetáculo a parte. Não tem como não ficar empolgado quando ela parte para pancadaria, e desce a porrada nos criminosos.

 A trama se desenvolve de forma fluída. Vemos a introdução dos novos personagens(Aquaman, Cyborg e Flash) e do principal vilão do filme, o Lobo da Estepe. Todo arco das Caixas Maternas e o motivo pelo qual o Lobo vem a Terra é bem explicado e muito interessante. Destaque para a batalha das Amazonas contra o Lobo. A cena é épica, bem dirigida e com lutas de tirar o fôlego. É nessa cena que o Lobo da Estepe mostra a que veio. A apresentação dos novos heróis também é ótima, cada um tem o seu drama particular e suas motivações pra se juntar ou não ao grupo.

  Cada Super Héroi novo tem seu destaque, todos estão muito bem em tela. O roteiro entrega só o necessário para o público se afeiçoar a eles, e deixa ganchos para serem desenvolvidos em seus respectivos filmes solo. Destaque para o Ezra Miller no papel do Flash, que serve  como alivio cômico da equipe, mas sempre com piadas pontuais e nada fora de hora. Jason Momoa de Aquaman supera as expectativas, o personagem é bem apresentado e assim como o Flash, logo cai nas graças do público. Não deixando de fora o Cyborg do Ray Ficher, que tem uma enorme importância para a trama do filme. Eu nunca tinha visto o Cyborg tão bem trabalhado, tanto nas HQs quanto nas animações. Ray Ficher entrega um personagem amargurado em busca de aceitação, mas disposto a lutar quando é chegada a hora.

  As cenas de ação é mais um ponto positivo do filme, embora não sejam tão épicas, elas são recheadas de bons momentos, boas piadas e referências, muitas referências. O filme inteiro é repleto de referências. Diálogos retirados diretamente dos quadrinhos, apetrechos do Batman  que saíram dos vídeo games, personagens importantes dando o ar da graça, citações a Darkseid e aos Novos Deuses. Liga da Justiça é um prato cheio nesse quesito.

 Outro ponto a se destacar é a questão do humor, que apesar da desconfiança por parte dos fãs, o que vemos no filme são piadas perfeitamente encaixadas, sem em momento algum tirar o peso de uma cena mais dramática. Que aliás, o filme tem sim um peso dramático quando é preciso.

 O retorno do Superman é sem sombra de dúvida um dos momentos mais marcantes do filme, o modo que ele volta a vida faz todo sentido dentro do roteiro, a cena é impactante, a ação que ela envolve é de fato épica, a trilha é empolgante e ver esses personagens juntos pela primeira vez foi inesquecível. Depois de todo o desenvolvimento que aconteceu em Man of Steel e Batman vs Superman, o Homem de Aço entrega tudo o que se é esperado desse tão amado personagem.

 Mas Liga da Justiça não é um filme perfeito, embora o roteiro seja bastante enxuto e sem muita gordura, existem algumas falhas na montagem, deixando uma parte das cenas um pouco corridas. A trilha sonora também não empolga muito e o grupo precisava de uma música mais marcante, tirando a volta dos temas clássicos, a trilha precisa evoluir mais.  O vilão não chega a ser um ponto fraco do filme, suas motivações são válidas e o CGI está muito bom.

 Enfim, Liga da Justiça é mais um grande acerto da DC Comics no cinema. É um entretenimento de primeira, com cenas inesquecíveis e personagens cativantes. Apesar de todas as porradas que nossa amada editora tem levado desde que iniciou seu Universo Cinematográfico(algumas com razão), com Liga da Justiça a DC traz de volta a esperança aos seus heróis e os coloca onde eles devem sempre estar. Acima de todos os outros.

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